27.8.08




Mordaça Constitucionalizada(?!)

Ultimamente tenho me recusado a ver TV. Fiquei de “saco cheio” ver a mesma baboseira de sempre, nos canais de sempre. Mas ontem ao dar uma zapeada casual, parei por um momento na Paraná Educativa, estava começando o programa Escola de Governo, onde, toda a semana o governador presta contas e expõe planejamentos. Fiquei chateado e indignado quando vi seu semblante cansado. Como se muitas de suas lutas fossem em vão, e com a passividade do povo diante de sua censura.

No blog, talvez, não prefira tender a lado político algum, mas admiro a mão-de-ferro do Requião ao governar o estado. Em minha geração não me lembro de alguém que já o tenha feito de modo tão competente. Não vou desviar o meu foco agora, pra falar do que foi e não foi feito em seu governo, deixarei um link para que possam consultar.

Prossigo o texto falando do início do programa. Começou com uma reportagem do Fantástico, feita em 2003, sobre lavagem milionária de dinheiro ocorrido no Paraná por Ingo Henrique Hubert, na época, secretário da Fazenda e presidente da Copel e o doleiro Alberto Youssef. É nesse ponto que quero chegar quanto à indignação.

A algum tempo, o desembargador federal Edgar Lippmann Júnior, determinou a censura prévia ao governador, sujeito a multas altíssimas se, criticar na TV ou na rádio, nome de empresas, órgãos públicos ou oponentes políticos corruptos.

Em suas palavras, lamenta a rapidez da justiça em bloquear o acesso a sua conta bancária ao ter proferido o nome dos bandidos do cofre público (já citados acima) e a demora em julgar o caso ocorrido em 2003. “Essas condenações que estabelecem a censura prévia devem cair no Supremo Tribunal Federal, que deverá por fim à excrescência ditatorial de um juiz, não do Judiciário, e de uma procuradora, não do Ministério Público”.

“A impressão que eu tenho é que talvez eu esteja no Haiti do ditador Papa Doc ou no Paraguai de Alfredo Stroessner”, sobre o bloqueio de sua conta.

Mais de vinte anos do fim do autoritarismo ditatorial no Brasil, agora mais essa!

Temos um homem publico censurado!

Nada de novo no front.

Nesse início de programa, ele falou também de outro possível veto, agora do canal Paranaense (Paraná Educativa). Sobre isso, creio que este, sendo o único canal aberto no estado com programações que instigam a autocrítica, a nacionalidade e a cultura regional, como o programa Brasil Nação, deveria ser visto por todos os brasileiros; Nacionalidade Brasileira; o programa Enfoque, Forum Social entre outros.

Sem essa emissora, realmente pública, onde é transmitido por toda a América o nosso Paraná e o Brasil, o que será?

Concluo o texto com o fato, que sugere as frases, de Ave Sangria e Itamar Assumpção:

“Nada de novo no front e na retaguarda também.”

“O novo não me choca mais, nada de novo sob o sol. O que existe é o mesmo ovo de sempre chocando o mesmo novo”

Reportagem do Fantástico: http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL692873-15605,00.html

Íntegra do despacho do Desembargador: http://www.aenoticias.pr.gov.br/modules/news/article.php?storyid=34321

AEN – Agencia Estadual de Noticias: http://www.aenoticias.pr.gov.br/

Governo do Paraná: http://www.parana.pr.gov.br/

Vídeo do Requião falando sobre a censura: http://www.aenoticias.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=51

14.8.08

Los Jaivas

Parte do vídeo Las Alturas de Macchu Picchu, baseado na obra de Pablo Neruda

Los Jaivas.



La poderosa muerte, parte 1



La poderosa muerte, parte 2

13.8.08



Pra não passar o dia em branco, deixo essa musica que estava ouvindo no final da tarde. Me faz pensar em vários momentos, e creio que sirva muito bem em muita gente.
A diferença entre o homem e a mulher, e a necessidade dessas diferenças. A introversão, a extroversão, e por fim, os dois juntos. Como se um sempre fizesse parte do outro.

Na interpretação de Leila Pinheiro ficou perfeita!

Catavento e Girassol
Guinga - Aldir Blanc

Meu catavento tem dentro o que há do lado de fora do teu girassol
Entre o escancaro e o contido, eu te pedi sustenido e você riu bemol
Você só pensa no espaço, eu exigi duração
Eu sou um gato de subúrbio, você é litorânea
Quando eu respeito os sinais vejo você de patins vindo na contramão
Mas quando ataco de macho, você se faz de capacho e não quer confusão
Nenhum dos dois se entrega, nós não ouvimos conselho
Eu sou você que se vai no sumidouro do espelho
Eu sou do Engenho de Dentro e você vive no vento do Arpoador
Eu tenho um jeito arredio e você é expansiva, o inseto e a flor
Um torce pra Mia Farrow, o outro é Woody Allen
Quando assovio uma seresta você dança havaiana
Eu vou de tênis e jeans, encontro você demais, scarpin, soiré
Quando o pau quebra na esquina, cê ataca de fina e me ofende em inglês
É fuck you, bate bronha e ninguém mete o bedelho
Você sou eu que me vou no sumidouro do espelho
A paz é feita num motel de alma lavada e passada
Pra descobrir logo depois que não serviu pra nada
Nos dias de carnaval aumentam os desenganos
Você vai pra Parati e eu pro Cacique de Ramos
Meu catavento tem dentro o vento escancarado do Arpoador
Teu girassol tem de fora o escondido do Engenho de Dentro da flor
Eu sinto muita saudade, você é contemporânea
Eu penso em tudo quanto faço, você é tão espontânea
Sei que um depende do outro só pra ser diferente, pra se completar
Sei que um se afasta do outro, no sufoco, somente pra se aproximar
Cê tem um jeito verde de ser e eu sou meio vermelho
Mas os dois juntos se vão no sumidouro do espelho

Link pra quem quiser ouvir:


12.8.08

Bicho do Paraná



Um Blog.... Algo tão comum hoje em dia. Tive esse toque de alguém... "Faça um blog, você tem fotos legais e escreve bem"

Sei que vou me adaptar.

A princípio, o interesse foi zero, mas fui amadurecendo a idéia e aqui estou.

Espero compartilhar com quem acesse minhas alucinações, meus mundos.

Tenho necessidade de expressar, o que sinto, o que ouço, o que vejo.

Futuramente, quem vasculhar vai encontrar musicas, vídeos, fotos da web que me intrigaram e fotos minhas. Assim como poesias, letras de musicas, notícias e o que estiver passando por meus pensamentos em algum momento.

Sempre que possível, colocarei a fonte do arquivo publicado.

Espero conseguir passar o que sinto. Nesse alter-ego eletrônico, logo terá vida e sucumbirá constantemente e em diferentes direções, como eu, pessoa inconstante, com milhões de faces, controlando uma loucura vital.

O nome do blog.

O nome me veio quando eu ouvia a interpretação de Caetano Veloso para Cambalache, um tango de Enrique Santos Discépolo. Compositor Argentino, poeta, autor e ator de teatro da metade do século passado, que cantou, nessa musica, sobre a bagunça e desordem do mundo atual. E tomo este como hino daquele, deste e, quem sabe, dos próximos séculos.

A definição de cambalacho, no dicionário: troca ardilosa; permuta; ardil; tramóia; conluio; engano.

E tupiniquim, antiga nação de índios brasileiros que vivem na Bahia e Espírito Santo, e também é sinônimo de nacional.

Considerando cambalacho, com todos os seus significados quando usado com o sinônimo de tupiniquim (nacional, brasileiro), e/ou abrangendo a palavra tupiniquim para todos os índios brasileiros ou especificamente os Tupiniquins, espero usarmos cambalacho, no sentido de troca de informações, permuta.

Sobre a foto:

Encontrei essa foto no Google, e fiquei fascinado. Esse céu, essa araucária, símbolo tão forte em meu estado que gosto tanto. E como diz João Lopes:

"Não sou gato de Ipanema, sou bicho do Paraná!"


Fontes de pesquisa: